terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um Casamento Fora De Época : Parte 4

*Continuação*
*Um Tempo Depois*
  - Pronto. - disse enquanto saia da sala. - Agora ele fica quieto e não enche.
 - Tem certeza de que vai fazer isso. Pode parecer, mas Eric não é burro, ele tem vários contatos. Sei disso porque fui casada com ele todos esses anos e...
 - Calma mãe. Esse deve ser o melhor dia de nossas vidas! Um dia onde aquele babaca não possa fazer nada com a gente! - Daisy parecia bem animada. Nós éramos os únicos rindo e nos divertindo com a situação.

  - O que vai fazer com ele?
 - Tirar algumas informações. Não pretendo matá-lo, só deixar ele um pouco desconfortável.
 - Desconfortável?! Você tem alguma noção do que fez?! Você deixou ele...

  - Ele armou contra o cara que você amou, obrigou você à se casar com ele, quase fez com que você abortasse suas filhas, ameaçou elas e você por todos esses anos e agora você está com pena dele?
 - Não é pena... Eu estou... Preocupada! Isso! O que as outras pessoas vão dizer?! O que os policiais vão dizer?! O governo, o...

  - Hey! - disse, enquanto tentava acalmá-la. - Disso cuido eu. Agora eu preciso que vocês saiam daqui. Peguem suas coisas e fiquem na pensão onde estou, me esperando. Nada vai acontecer à vocês nem à ele, por mais que eu queira machucar aquele cara.
 - E o Silver?
 - Também cuido disso. Tive que mudar meus planos mas já está tudo resolvido. Agora vão.

  As três me agradeceram e subiram. Por mais que alguma delas quisessem, não podiam ficar pra me ajudar agora.

  Entrei na sala e fiquei quieto por alguns momentos, me divertindo com a situação.
 - Ah, foi bem útil você ter feito esse porão na sua casa! Quem diria que iria me servir?
 - Cale a boca.

  - Tenho que te avisar que não está em uma situação agradável pro seu lado...
 - Cale a boca e me solte antes que...
 - Que o que? Você não tem como chamar ninguém muito menos sair dai sozinho. Você desprotegido não mete medo em ninguém.

  - Olha. - comecei a andar em sua volta. - A única coisa que você precisa fazer pra sair daqui vivo é responder algumas perguntas...
 - Que perguntas? Quem te mandou fazer isso? O que você quer comigo?

  - Ei! Quem faz as perguntas aqui sou eu, não você! Muito bem, deixe-me começar. Da onde conhece o nome "Silver Rey"?
 - É o otário do ex-noivo da Linda.
 - Correto. Sei que você armou pra cima dele e quero saber exatamente o que você fez.
 - Se me soltar eu lhe conto tudo.
 - Feito. Mas saiba que estou com uma arma na mão e a única porta daqui está trancada.

  Dito isso, o soltei. Levantou-se devagar e massageou os punhos que estavam amarrados. Antes que tentasse alguma coisa, empurrei-o contra um armário e fiz com que se senta-se no chão.
 - Argh! Porque fez isso?!
 - Precaução. Agora pode começar à falar.
 - É o seguinte...

  - Eu planejava me casar com aquela mulher, quer ela queira ou não. Já estava tudo organizado e já tinha a permissão de seus pais. Naquela época, minha família era também rica e tinha vários prestígios em Champs les Sims, então não foi difícil convencer os pais dela...
 - Pule pra parte onde o Silver se ferra.
 - No dia do casamento, Linda fugiu. Contratei uma pessoa que pudesse achá-la e eliminar qualquer obstáculo, e foi o que aconteceu. Quando à trouxe de volta, disse que ela tinha sido sequestrada e que o acusado estava foragido. Organizamos patrulhas por anos até que soubemos que Silver tinha sofrido um acidente de carro e morreu na hora. E foi isso, mas porque está me perguntando sobre ele?

  - Não te interessa. E quem foi a pessoa que você contratou?
 - Nunca me disse o nome. Era um policial "diferente", se é que me entende.
 - Saquei. Fique ai, já volto.
 - Não tenho pra onde ir.

   Juntei alguns calmantes e outros remédios e misturei-os numa bebida. O que faltava agora era achar essa pessoa e ver no que ela pode me ser útil. Se ela conseguiu achar Linda e Silver, provavelmente ela também conseguirá tirar todas as acusações contra ele e me ajudar com outra coisa. Uma coisa pessoal.

  Peguei um copo e levei até Eric.
 - Tó. Bebe e não pergunta nada.
 - Sim...

  - Última pergunta : Como contratou essa pessoa?
 - Ela me achou. Disse que sabia que eu precisava de seus serviços e não recusei.
 Terminado de falar, tomou alguns goles e derrubou o copo no chão.
 - Ai... O que... Eu lembro que tive... tive que... pagar milhões... pelo... pelo serviço...
 Oque?! E porque ele não me contou antes?!

  - Você transferiu dinheiro!? Para que conta?! Qual o nome?!
 - Era... ai, o que tinha... nessa bebida?
 - Me responda!

 - Dois... Dois, quatro... Cin-cinco... ai, era o banco de... Champs Les Sims...
 - Termina! Qual era a conta do banco?!
 - Eu, eu... Argh!

 - Droga! Droga, droga, droga! Porque ele não me contou antes de beber?! Ótimo, agora desmaiou e eu só sei o banco... Espera... Com certeza foi milhões o trabalho, isso quer dizer que em algum lugar tem uma transferência enorme de dinheiro! Isso! Se eu achar esse lugar, eu consigo o nome da conta da pessoa! Meu Deus, eu sou um gênio!

  Sai correndo feito um louco até o quarto em que eu estava "hospedado". Lá tinha um computador e eu precisaria muito dele. Agora era confiar nas minhas habilidades hackers e torcer pra nenhum computador explodir.

  Lembrei que eu carregava uma arma então joguei ela na mesa. Vi o computador que eu tinha tentado, sem sucesso, entrar no banco de dados e descobrir alguma coisa sobre Eric.

  Digitei coisas rapidamente que eu nem lembrava onde tinha aprendido aquilo. Droga, dessa vez eu teria que hackear as informações do "pikachu-metrossexual" de qualquer jeito.

  - Porcaria! Porque não dá certo?! Praga, como eu vou conseguir isso agora?! Esperai eu posso pedir ajuda pra alguém, isso!

  Digitei alguns número rapidamente enquanto rezava pra quando ela atendesse, não me matasse por telepatia. Tinha certeza que ela ficaria brava.

  - Esme Chevalier, o que deseja? - ela estava acordada?
 - Esme, é o Derrick. Preciso de um favor.
 - Derrick? Olha, saiba que você está atrapalhando um momento... bom, você está cortando meu clima com o Aaron. - meu Deus, eu não precisava saber disso. Cenas horríveis brotaram na minha cabeça.
 - Sem detalhes! Eu te pago 300 mil se você conseguir todas as informações sobre Eric Ervanto. Preciso delas agora.
 - Ah, tudo bem. Depois fale com o Aaron.
 - Diga pra esse francês esperar. Tem coisas mais importantes do que tentar fazer um filho. - desliguei com medo da resposta.

 Enquanto isso, voltei pro computador e continuei tentando entrar nos arquivos do homem. Minha surpresa foi, depois da 3º tentativa, uma mensagem escrito "ACESSO LIBERADO" aparecer na tela do computador, junto com uma janelinha no canto dizendo "De nada! Me pague amanhã!"

 Fiquei tão feliz que, por um momento, larguei o computador e comemorei comigo mesmo. Esme era mais inteligente do que eu pensava e agora eu tinha um nome.

  Nome? Eu disse nome? Eu quis dizer número. "2457384". Essa era a conta que recebeu... 5 milhões de Eric. Agora achar essa pessoa vai ser mais difícil.
 - Hum... Que horas são? Sete da manhã... Acho que eu posso ir no banco tentar descobrir alguma coisa...

 - ... Mas antes, café da manhã é uma boa pedida. Deve ter um restaurante ou algo parecido por aqui.
 Me levantei e fui trocar de roupa. Pra ir num banco desconhecido, pelo menos de roupa bonita eu tinha que estar.

 Coloquei a roupa mais... mais "madura" que tinha. Um óculos e um relógio de marca ajudam à causar impressão. Caramba, eu não usava esse tipo de roupa desde que eu era criança, mas ainda usava de má vontade...

 - Hum, não ficou tão ruim assim... Estou mais parecido com um chefe de família do que um turista... Ah, a barba melhor tirar...

  - Dor dos infernos! Minha nossa, a barba falsa já tinha criado raízes!

  Resolvi ir caminhando. Iria ser um pouco suspeito um homem vestido dessa forma, andando numa moto um tanto quanto "inadequada" aos meus trajes. Além do mais, eu consegui fazer um "social" com alguns moradores que passavam ao meu lado. Podia estar sorrindo, mas por dentro, estava quase chorando de dor pela barba.

  Cheguei em um café e perguntei o que tinha para comer. Estranhamente, ele me ofereceu uma sopa de mariscos. Seria normal, mas eram somente 8:30 da manhã. Aceitei, adoro frutos do mar.

  Comia tranquilamente quando um sujeito muito bem arrumado chegou. Comprimentou o atendente mas não pediu nada, só ficou olhando pros móveis e pra janela. Não devia estar com fome...

  Quando terminei, me levantei e fui falar com o atendente.
 - *Com licença, você saberia me dizer onde fica o banco de Champs Les Sims? Preciso fazer um depósito mas sou novo por aqui...

*Todos os diálogos estão traduzidos do francês*
 - *Ué, viu aquele homem? Ele é o gerente do banco.
 O que?! Droga, cadê ele?!

  Sai porta à fora e tive sorte em avistar o sujeito. Olhando de perto ele era mais normal de longe.
 - *Senhor!
 - *Hum... - disse, procurando a pessoa que o tinha chamado.

 - *Com licença, você é o gerente do banco?
 - *Eu mesmo, prazer. Sou François Lambert, e você?
 - *Derrick, eu gostaria de saber onde fica o banco.

  - *Virando à esquina, direita do museu, siga reto em direção ao lago e estará lá. Mas o que deseja exatamente?
 - *Eu gostaria apenas de fazer um depósito...
 - *E porque não fez isso em casa? Pelo computador você consegue, sem problemas!

 - *Jura? Nossa, eu não sabia... - não sabia mesmo, que saco.
 - *É a tecnologia de hoje em dia, sabe?
 - *Outra coisa, se eu quiser falar com alguém que tenha conta no banco, o que eu faço?

 - *Ah, você não sabe o nome da pessoa, certo?
 - *Exato.
 - *Dá pra fazer por internet, também. Mas você precisaria depositar alguma quantia na conta. Depois disso, você mandaria qualquer recado clicando em "Detalhes", entende?
 - *Ah, sim. Muito obrigado!

  Droga, eu nem precisava ter saído. Ah, ainda bem que tinha deixado minha moto no estacionamento aqui perto, vou com ela mesmo, não preciso causar mais impressões.

 - Tá, vamos ver... eu vou receber 1 milhão pro trabalho... Ah, já deposito os 300 mil da Esme e então fico com 700 mil... Pra chamar a atenção dessa pessoa, acho que mais 300 mil já basta. Vamos lá, o que escrevo... Já sei!
 "Preciso de seu serviço. Mande-me sua localização de discutiremos melhor.
 Ass: DVH"

 - Agora é só esperar a resposta...

*Continua Ainda Hoje!*

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