terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Um Casamento Fora De Época : Parte 3

*Continuação*
  Expliquei detalhe por detalhe sobre a minha real missão. Não estava nem um pouco nervoso com o fato de estar revelando tudo, porque além delas serem uma grande ajuda, são adolescentes e vão logo esquecer.

  - ... então, esse é o resumo. Alguma pergunta?
 - Sim, uma. - disse Jaqueline.

  - Onde nós entramos nessa história?
 - Não sei, honestamente. Mas eu precisaria da ajuda de vocês e é ai que vocês entrariam.
 - Fazendo o que?
 - Distraindo seu padrasto.

  - Que?! Mas nem olhar na cara dele nós conseguimos...!
 - Calma Daisy. Lembre-se que isso é para ajudar a mamãe! Ela sempre nos dizia que nunca queria casar com o Eric e essa é a nossa chance de separá-los!

  - Ok, ok, vão com calma. Primeiro eu tenho que fazer uma ligação.
 ...
 - Sim, sou eu. Me dê 3 dias.
 - ...
 - Exato, não terá problemas.
 - ...
 - Não vejo necessidade em fazer isso, mas já que está me pagando...

   Desliguei o telefone e me virei pra menina mais velha.
 - Bom, e qual é o plano?
 - Distraiam seu padrasto e eu falo com sua mãe.
 - Mas como vamos distrair ele? Nem nos falamos direito!

  - Cheguem lá e falem que eu não estou mais interessado nos serviços dele.
 - Isso vai deixá-lo irritado...
 - Ótimo! Adoro ver ele bravo e sem saída! - disse a mais nova.
 - E onde ele está?

  - Naquela praça central que eu não sei o nome. E sua mãe?
 - Em casa, como sempre, o que vai dizer á ela?
 - Não interessa. Agora vão.
 Disse e elas me obedeceram. No caminho conversavam animadamente, provavelmente armando uma contra o padrasto. Se tudo desse certo, amanhã eu estaria em casa.

  Enquanto elas iam falar com o padrasto, segui o caminho para a casa de Linda. Treinava o que falar para ela quando estivesse lá e arranjei uma boa maneira de falar sutilmente o que tinha pra dizer.

  - Erm... Hã... Com licença! É o Derrick! - gritei em frente a porta quando notei que não tinha campainha. Que tipo de casa não tem campainha? Ah, o tipo de casa de rico que só entra quem for convidado.

  - Senhor Derrick? O que faz aqui? Se quer tratar de negócios, procure...
 - Não são esses negócios que tenho que tratar, são outros e são com você.
 - O que deseja?

  - Primeiramente, pedir desculpas à minhas mentiras. Meu nome é Derrick Van der Hulf e até suas filhas me falarem, eu não fazia a mínima ideia de que você era dona de uma imobiliária.
 - Mas porque...
 - Espere, antes deixe-me terminar. Vim aqui a trabalho, fui contratado por um homem que a senhora conheceu à muito tempo.
 - Desculpe, eu não estou...

  - O nome dele é Silver Rey, seu ex-noivo. E não, ele não está morto. Foi até Brigdeport contratar meus serviços para...
 É, não deu tempo de eu terminar de explicar. A maneira que eu achava que seria sútil, na verdade, caiu como uma pedra.

  Não sei se ela desmaiou ou perdeu as forças, só sei que eu vi Linda indo direto pro chão quando contei que Silver não estava morto. Antes que ela batesse a cabeça no chão ou na parede, segurei e tentei fazer com que ela acordasse. Estava mais que desesperado naquele momento.

  Carreguei-a até dentro de sua sala e ela acordou. Lentamente, se sentou no sofá e começou à olhar pro nada, com o mesmo olhar que ela tinha no jantar. Agora eu tinha certeza que ela pensava do passado ou em Silver.

  - Como ele sobreviveu depois de tanto tempo? Ele se tornou um fugitivo e nunca mais o vi... Agora você me diz que ele está vivo...

  - O acidente que saiu nos jornais daqui é mentira. Não sei os detalhes mas ele armou tudo e fugiu para Brigdport.
 - Você tem alguma prova?
 - Você precisa de uma? Porque mais eu estaria aqui? Como eu disse, eu vim aqui só sabendo seu nome, tive que descobrir tudo na marra. Você quer uma prova, então eu te darei uma prova.

  - Suas filhas têm os mesmos olhos que ele. Sim, eu percebi. São bem parecidas com você mas os olhos são diferentes. Se você prefere continuar vivendo achando que o pai de suas filhas e o amor de sua vida está morto, eu posso resolver isso... - sim, eu estava blefando. Tinha 1,000,000§ na jogada e eu nunca faria isso.

  - Não! Óbvio que não! Só está... - ela respirou profundamente antes de falar. - Só está difícil acreditar... Não passou nem uma semana depois dos jornais darem a notícia, então eu ainda não engoli todas as informações...
 - Entendo... - mentira. Eu não entendia nada.

  - Quando deram sua morte, eu chorei 2 dias seguidos. Meu ma... Eric ria como nunca. As meninas não entendiam nada e eu não podia contar à elas. Quando me casei, já estava grávida de 2 meses delas e não me lembro quantas ameaças recebi de Eric e meus pais me obrigando à abortá-las. Eu não podia, eu não...

  - Olhe, - disse ela indo em direção á janela. - por favor vá embora.
 - Como é?
 - Diga à Silver que se ele voltar, será muito pior. Não diga nada as meninas, por favor. Apenas vá embora e não volte...
 - Se é o que a senhora deseja...

  Tomei um susto com a atitude dela. Me mandar embora? Ela só podia estar louca. Louca a ponto de achar que eu desistiria depois disso. Saí da casa e encontrei minha moto na garagem. Não fazia a menor ideia do que ela fazia lá, mas foi muita sorte. Lembrei que as duas ainda estavam com aquele cara e fui direto pra praça.

  - Quando pisei lá, pude ver algumas pessoas olhando feio e saindo sutilmente. Mirei em algumas árvores, mais precisamente, no mesmo lugar que havia deixado Eric. Consegui ver apenas seu rosto mas já bastava. Ele estava irado.

  - Sua pirralha intrometida! O que acha que está me dizendo! Eu vou...!
 - Não vai nada. Não ouse em tocar em nenhuma das duas ou chamo a polícia. - Cheguei correndo assim que o vi se preparando para bater em uma delas.

  - Você não se intrometa! O que acha que faz aqui?!
 - Estou impedindo você de fazer algo que vai se arrepender...
 - Me arrepender?! Haha, eu já faço isso quase todo dia! E você não passa de um turista mentiroso! Sabe o que eu faço com tipos como você?!
 - O que?! Chama algum de seus trabalhadores e...

  - Cale a boca! - nessa hora, ele me virou um tapa um tanto quanto forte.
 Uma raiva súbita misturada com um descontrole subiu pela minha espinha e chegou até minhas mãos.
 - Você... - não consegui nem terminar a frase de tão bravo estava.

  Empurrei ele, fazendo com que ele caísse  um pouco antes da mureta. Antes de ele tentar se levantar, cerrei meus punhos, pressionei-o contra o piso de pedra e comecei à socá-lo. Não na cara, e sim do peito e na barriga. Chegou uma hora em que ele perdeu a consciência, mas eu não conseguia parar. Só notei que podia matá-lo quando as duas atrás de mim gritaram.

  - Obrigada por nos ajudar mas você matou ele! - disse a mais nova. Estava com tanto medo que parecia que tinha visto a morte em pessoa.
 - Não o matei, ele só desmaiou. - disse enquanto abanava minhas mãos que doíam um pouco. - Tão fraco quanto uma galinha.
 - E o que vamos fazer agora?! - gritou a mais velha, desesperada com o fato do padrasto estar estirado no chão.

  - Simples. - disse enquanto apoiava Eric contra parede. - Nós fazemos isso.

  Ergui ele no meu ombro e comecei a andar para fora da praça, antes que alguém chegasse.
 - Nós vamos até a casa de vocês bater um papo com sua mãe.
 - Mas...

  - Vocês vêm ou vão esperar dinheiro cair do céu?! - disse, já longe delas.
 Elas saíram em disparada para me seguir. Pude notar que estavam um pouco mais tranquilas.

  Tranquilas estavam na praça, porque quando chegaram à porta da casa, começaram a ficar nervosas.
 - Ótimo! O que vamos dizer a mamãe?!
 - Ela vai nos matar! Temos que inventar uma desculpa!
 - Vão ficar aí na porta mesmo? Esse cara não é tão leve! - já estava impaciente com a tagarelice.
 - Vamos contar a verdade pra ela.

  Entramos na casa e Linda saia da sala de jantar.
 - Ah, meninas, já estava ficando preocupada. Onde se... - ela parou de falar quando me viu entrando, carregando o marido.

  - Mas...! O que é isso?!
 - Mãe, calma! Nós podemos explicar!
 - Então comecem já!

  - O Eric queria nos bater e o tio Derrick nos salvou! - ah, eu já estava acostumado com o "tio". - Foi isso!
 - Mas, porque?!
 - Ele nos odeia mamãe! Assim como te odeia! Isso não é de hoje, ele já vem nos maltratando desde que nascemos!

  - Ah, Meu Deus! Me perdoem por nunca perceber! - Linda começou a chorar.
 - Calma mamãe. - agora era a ver de Daisy falar. - Nós também nunca contamos!
 - Tínhamos medo da sua reação, e principalmente da dele! - enquanto diziam isso, elas começavam à se abraçar.
 Perfeito, um lindo momento "mãe-e-filhas" dando início e eu, segurando um babaca. Nem liguei e taquei ele no chão.

  - Agora você... - Linda disse, rapidamente enxugando suas lágrimas e se dirigindo à mim. A cara dela não era das melhores.
 - Nem vem. Eu não tenho culpa de nada. - dizia na maior cara-de-pau do século.
 - Você já sabe o que vou dizer.

  - Ah, vai me expulsar de novo. Beleza, tranquilo, eu saio...
 - Então saia agora.
 - Calma, sem stress. Eu saio na paz, mas deixe-me falar...

  - Boa sorte com o defunto ai. Garanto que ele não vai curtir a situação quando acordar...
 Já estava porta à fora e Linda vigiava meus passos. Por um momento eu abandonei a missão por causa do tratamento que recebia, mas logo depois eu fui convencido.

  - Espera por favor!
 As duas saíram e se puseram na minha frente. Bom, Jaqueline se pôs em minha frente e me impedia de passar, mas Daisy tinha praticamente se jogado e segurava minha perna.
 - Se você for embora, o Eric irá acordar e nos matar!
 - Por favor, não ouça nossa mãe, ela só está com medo!

  Entramos e nos deparamos com uma cena um tanto quanto medonha. Eric estava de pé e gritando com a esposa. Nem parecia que à dois minutos atrás ele era o cara jogado no chão. Devia estar só fingindo, esperando que eu o levasse para casa.

  Quando percebeu que eu estava parado em frente à porta, observando tudo, não perdeu tempo e se pôs à minha frente, gritando :
 - Você aqui de novo?! Eu acho que já te mandei sumir da minha frente!
 - Jura, eu não me lembro... - dizia num tom sarcástico, mas eu não me lembrava mesmo!
 - Você... Você!

  - Eu... Eu... - eu brincava na cara dele, deixando-o mais irritado.
 - Saia daqui! Agora! Antes que eu lhe machuque de novo, seu fraco!

  - Só tenta!
 Nem deu tempo de ele tentar. Meti um soco e dessa vez foi na cara. Não tão forte à ponto de ele quebrar os dentes, mas foi forte o bastante para jogá-lo contra a parede e ai ele bater a cabeça. Antes de ele perder a consciência, de novo, me ajoelhei e disse bem perto da cara dele :

 - Fique tranquilo. Você não vai morrer... Ainda.

*Continua*

3 comentários:

  1. Os próximos episódios são hoje, né???
    Pode me falar onde você achou essas poses do desmaio, da meninas prendendo o Derrick, e o "pikachu-metrossexual" presso na cadeira(e aquele negocio no que prende o olho também)???

    Abraço!!!

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  2. Eu tb to querendo o da menina segurando a perna e impedindo o derick de passar....
    (vou fazer uma historia)

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  3. Da menina segurando a perna : https://sites.google.com/site/studiostargirls/downloads/the-sims-3-sets/kuroshitsuji-set

    A menina bloqueando a passagem : Não é uma pose. Com o traço "Neurótico" ou "Insano", você consegue "Surtar". Eu coloquei ela na frente do Derrick e peguei um momento bom.

    Abraços!

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